terça-feira, março 31, 2015

Padrões de beleza fabricados pela mídia

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Lá se foi a época que as garotas mais cobiçadas eram as mais ‘cheinhas’.

 Ao longo do tempo a ideia de que as garotas deveriam ter mais peso para poderem mostrar fartura e saúde, foram ficando gradativamente no passado. Mas com o avanço dos meios de comunicação isso foi ficando cada vez mais evidente. A mídia ao longo do tempo foi criando o tipo de corpo ideal e com isso foi ''fabricando'' artistas como a modelo Kate Moss, que é bastante conhecida pelo seu corpo magérrimo, para pregar essa concepção de que quanto mais magra você for mais bonita você é. E isso acabou gerando uma grande pressão para que as mulheres tenham este corpo perfeito que a mídia tanto prega, o que fez começar dois grandes problemas: Anorexia e bulimia. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Transtornos Alimentares diz que 20% dos casos de anorexia terminam em morte, e até 50% dos pacientes anoréxicos desenvolvem sintomas bulímicos.

O padrão estético de beleza atual, perseguido pelas mulheres, é representado imageticamente pelas modelos esquálidas das passarelas e páginas de revistas segmentadas, por vezes longe de representar saúde, mas que sugerem satisfação e realização pessoal e, principalmente, aludem à eterna juventude (BOHM, 2004, p.19).

A mídia influência tanto os padrões de beleza que mudou até os padrões dos brinquedos para crianças. O que antes eram bonecas de bebês gordinhas e pequenas, começaram então a seguir a linha de bonecas jovens e magras, e bonecos jovens, magros e musculosos. A boneca Barbie e o boneco Ken são um exemplo deste corpo ideal que a mídia tanto propaga. 
A boneca da MATTEL foi criada em 1958 por Jack Ryan que, de acordo com sua amante, era obcecado por pernas longas, cintura fina e seios fartos e resolveu criar a Barbie com aspectos da mulher que ele considerava ideal. Não é comum ouvirmos histórias de pessoas fazendo mil e uma cirurgias para ficarem parecidos com um dos bonecos, por isso o artista e pesquisador Nickolay Lamm foi atrás de descobrir como ficaria o corpo da boneca, considerada perfeita por muitos, com proporções de uma pessoa comum. Se ela fosse real teria proporções absurdas de 1 metro e 68 cm de altura, 73,6 cm de quadril, 50,8 de cintura e 68,5 de busto. A ideia de Lamm é mostrar que é possível criar uma boneca com proporções de uma pessoa saudável sem sair da realidade das pessoas.

“As pessoas argumentam que um brinquedo não pode fazer
nenhum mal. No entanto, se nós criticamos modelos muito magras, devemos pelo
menos estar abertos à possibilidade de que a Barbie pode influenciar
negativamente as meninas também. Além disso, a Barbie com proporções realistas
realmente ficou muito bem nas fotos que produzi. Se há uma pequena chance de a
Barbie influenciar negativamente as meninas e se a boneca com padrões reais
ficou tão bonita, o que impede a Mattel de fazer uma assim?” questiona Nickolay Lamm

 Mas depois de tanto tempo a história dos padrões de beleza começou a mudar um pouco. O que é considerado corpo ideal para as pessoas continua sendo  a magreza, mas agora é uma magreza com curvas, o que muitos chamam de ‘magreza saudável’. Três artistas muito conhecidas por pregar e mudar estes padrões foram: A modelo Gisele Bündchen, a cantora Demi Lovato e principalmente a socialite Kim Kardashian. 
Kim é o grande exemplo para podermos observar como a mídia influência nossas escolhas, pois logo após ela ter ganho seu próprio reality show em um dos canais mais assistidos dos Estados Unidos, há oito anos, que as coisas começaram a mudar ainda mais. Estas mudanças nos padrões foram tão perceptíveis que já criaram até bonecas com proporções mais diferenciadas como a linha de bonecas Monster High.
 Mas apesar das grandes mudanças nos padrões de beleza que a mídia nos empurra, ainda muito tem que ser mudado, pois estes corpos ideais só vão começar a ficar no passado quando cada um ficar realmente agradecido e bem ao exibir seu corpo do jeito que ele é, o que já tem sido feito por muitas blogueiras e jovens artistas. O que nos resta é lutar contra estes ideais e pregar para que o verdadeiro padrão de beleza seja ser feliz do jeito que se é.

Aprenda diariamente a ter um caso de amor com a pessoa bela que você é, desenvolva um romance com a sua própria história. Não se compare a ninguém, pois cada um de nós é um personagem único no teatro da vida 
(CURY, 2005, p.1).


Por: Darah Gomes

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